segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Como tornar-se invisível em Curitiba.

Reminscências de um episódio.

Assisti Mary Stuart com Denise Stoklos no Teatro Guaíra. Após o espetáculo, tive o súbito impulso de ir cumprimentá-la. Na falsa fé de isso faria alguma diferença, crendo que a moça de Irati era apenas uma artista comum.
Incauto, não sabia da peça no Teatro La Mamma em N.Y.
Nem imaginava o assédio que ela teria.
- Odeio tietagem e pela primeira e última vez fui sem ser convidado a um camarim -
Uma vez que estava na fila e não tinha mais retorno; dei os meus humildes parabéns, estupefaciado entre vasos de flores, amigos e outros tietes.
Invisível como sempre e em estado de graça, vazei o mais rápido possível.

Na Segunda Feira, saia do forno mais um brilhante texto do Mago e patrão Snege. Convidado a dar minha opinião- coisa rara - pois tudo que ele fazia era brilhante e extremamente individual.

Narrei o episódio acima, sugeri a pantomima da atriz. Ele acatou na hora, além do mais, eram velhos conhecidos e fariamos o comercial a toque de caixa, antes que ela retorna-se a Nova York.
Imediatamente passamos a tratar detalhes com a empresária dela.

Minha funçao então: além de produtor e RTV da Beta, foi fazer esta "sinapse" depois de um shinaps no bar, entre o espetáculo dela e o texto do Jamil. Coisa que me arrependi e eu explico:

O comercial de 1'30", rodado dias depois em 35mm pela Arriflex do Brustolin, no estúdio alugado do Fotógrafo Cal Brenner, acabou por render um prêmio global.
(Prêmio Profissionais do Ano 1987)

Exibido em todo pais, rendeu também um processo da atriz*:
contra a produtora e o Governo Alvaro Dias, sob alegação de que o contrato previa exibição Estadual, e foi exibido pela emissora em cadeia Nacional, natural para os desavisados premiados.


Sei que a Beta apesar da fama e do reconhecimento enquanto agência, depois deste episódio,foi se tornando aos poucos invisível.
Claro, culminou com o fim da gestão Requião na Prefeitura. Do Lernismo que duraria os próximos 12 anos- Enfim, poucas agências sobreviviam só da iniciativa privada.

Claro, ninguém conseguiu apagar o brilho gênial do seu mentor e intelectual timoneiro, que levou o barco por mais longos 13 anos, até seu falecimento.

_______________
Recordo-me agora do mestre Jamil Snege, suas citações ácidas de autofagia conterrâneas.

*Principalmente do livro "Como Eu Se Fiz Por Mim Mesmo" sendo narrado, enquanto redigido. Capítulo á capítulo naqueles memoráveis anos entre 86/87.

Descritos em detalhes para nosso regozijo, com requinte e interpretações cênicas no cafézinho pós-expediente.

Eu, daniel, Bira, Juarez, Karin Janz, Arquimedes, seu público visível e fiel.
Boas lembranças, bons tempos
(Fora claro os milhares de leitores, Brasil a fora.)

*Ele, como bom sociólogo, escritor e poeta, usava-nos como microcosmo de platéia, testava nossas reações e voltava alegremente a teclar sua máquina de datilografia.


* Como processos levam tempo, eu não sei dizer aqui se foi levado adiante por ela, e as vias de fato. Neste meio tempo, rodei mundo.
* Há fiz fotos do making off com Nikon/ filme puxado)
*Título acima é do Livro/ Jamil Snege In Memorian.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

NADA DE NOVO



NADA DE NOVO DEBAIXO DO SOL

Ewaldo Schleder usa poesia e hiper-realidade para contar a história das Torres Gêmeas e refletir sobre o 11 de Setembro. Jota Eme dirige leitura cênica do texto.

"Quem, em forma de amor, trará nas mãos o elo da realidade perdida? Quem proverá as súplicas do trabalhador, cujos braços se esvairam no espanto?...amor e cianeto de potássio são coisas que não se pedem a ninguém".

Mas nem só de drama e densidade textual vive a peça de Ewaldo Schleder. A personagem Poeta não fica sozinha em cena, pois interpõe fragmentos de um poema surreal, do autor, a outras falas. O Pregador discursa em tom apocalíptico uma adaptação, em poética livre, de textos ecumênicos, com base no Eclesiastes. A Residente faz uma releitura dos acontecimentos, a partir de uma reportagem do escritor e jornalista americano Tom Harris - em tom hiper-real emergem aspectos relevantes da história do World Trade Center e da tragédia muçulmano-novaiorquina de 2001. A 'mão' do experimentalista diretor Jota Eme aparece quando as três personagens falam pela voz de vários atores convidados, amadores e profissionais.

A autoria de Nada de Novo Debaixo do Sol é do publicitário e poeta Ewaldo Schleder. A direção e produção é assinada pelo cineasta Jota Eme. A narração é de Angela Meschino e a cenografia de João Mário Aks. Elenco: Walter Martinez, Ana Avelar, Carlos Souza, Pedro Cordeiro, Jefferson Schülli e Leandro Leite.

Mais informações, via email: http://br.f519.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=jotacineteatro@yahoo.com.br ou http://br.f519.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=ewas@onda.com.br; ou tels (41) 92085498, 32535216Lenadro Leite,


P.S
Sim Estrela estou aqui, nesta peça, neste blog, grato pela visita.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

EXCLUÍDOS VENCEREMOS

BLOGUEANDO E MANCANDO (Pé /Parafuso/ Pinheiro)
PINHEIRO ISOLADO / POESIA QUE RESISTE / GALHO QUEBRADO .


PROFÉTICO POLACO (POLIGLOTA)
DA BARREIRINHA UNIVERSAL.
.
MESTRE ZEN DA POESIA
ABISSAL.

MOINHO DE VERSOS DISTORCIDOS
PELO TEMPO
DA ONDE VEIO O VENTO
QUE TE INSPIROU?

É UM SOPRO DO OLIMPO
AS VOSSAS FILHAS....
REUNIR TALENTO E BELEZA AO VIVO
NÃO É OBRA FÁCIL.
.
COM ALICE FEZ MARAVILHAS
SUA OBRA / ÁUREA
UMA ODE A ESTRELA GUIA
.
COM TODO RESPEITO
A MARIDO E NAMORADO /
PAI POETA
MESMO AGORA CALADO
.
DE TUDO QUE OUÇO E LEIO
DE TUDO QUE DISSESTES
.
DO TUDO QUE É TEU,
ATÉ AONDE VOCE ME TEU
( SEU DEDO DE MIDAS)
.
TUDO...
TUDO VIROU POESIA.
.
PRECOCE A SUA MORTE
COMPLETA A VOSSA OBRA
E PROFECIA.


De CicloBEAT para Alice Ruiz /Áurea e Estrela Leminski

A PROFECIA DE PAULO *(Moinho de Versos/movido a vento /em noites de boemia /vai vir o dia quando tudo que eu diga seja poesia.)

sexta-feira, 20 de julho de 2007

PAN E CIRCO

Investimentos feitos em cima de esforços alheios, coisa fúteis e desvios de atenção.
As coisas caem do céu enquanto nos distraímos com grandes espetáculos mulitmidiáticos, até esquecemos dos cartolas, Renans e canalhas.

Oitenta milhões de pessoas ligadas na telinha, garantindo os pontos no Ibope. Os grandes anunciantes é que ganham, atingem o share e a lobotomia máxima entre o orgasmo e o Tam Tam Tam escândalo.
Uma espécie de esperma de felicidade e desgraça grátis que chega ao óvulo via embratel.

Super homens vencem a fome e o desprezo imediato de autoridades até atingir a glória. Esportistas muitas vezes saídos de sarjetas, subnutridos e sem escola.
Sem apoio até atingir ao pódio, até então entregues ao bel prazer de um Estado ao léu.

Por vontade própria vencem todos os obstáculos, são exemplos. Conseguem por si conquistar suas merecidas medalhas e dão o troco em forma de espetáculo: migalhas de ouro, reiterando a velha máxima do capitalismo.
" Que todos podem e devem chegar lá".

Enquanto isso assistimos estupefatos como simples telespectadores ao descaso do aeroporto e a morte anunciada de mais 200 vítimas. Ao "relaxa e goza ".

Ato falho freudiano de uma sexóloga que infeliz em seu enunciado fez uma declaração da crise área e terrestre que abomina qualquer ser que se diz vivente deste: Pan país.


Morre hoje e nesta data o M.C. (Ei) baiano. Ou ao reverso da medalha M>C>A é A.C.M.

Toninho malvadeza para muitos de nós. Foi bom para a Bahia e quiça para outras gerações que se eluclupetaram com o regime militá.

Como diria um cético médico amigo meu: "o que me contenta é que daqui a uns 65 anos nenhum ser vivente aqui estará e tudo se renovará."

Me calo agora para não adquirir inimigos dos amigos da micareta.

Adeus.
________________________________________________
UM ADENDO PÓS PAN. PARAPAN.
UM SHOW DE SUPERAÇÃO
Nossos deficientes são melhores do que os outros...

VIVA O POVO BRASILEIRO.
APESAR DAS DEFICIÊNCIAS DO ESTADO QUE OS LIMITA MAIS E OS RENEGA ATÉ NO DIREITO DE IR E VIR.
.